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quarta-feira, 22 de maio de 2013

3º- CAPÍTULO- A CONQUISTA DO BI CAMPEONATO MUNDIAL-1963

Terminado os Jogos Panamericanos em São Paulo, dois dias após, estávamos nos encontrando no aeroporto de Congonhas (18:00 hrs.) com destino à cidade do Rio de Janeiro, local indicado pela FIBA para a realização do 4º Campeonato Mundial de Basquete Masculino no período de 12/05 a 25/05 de 1963.
Para esse mundial o técnico Kanela fez duas alterações em relação à equipe do Pan: Dispensou o Edson Bispo e o Scarpini, colocando em seus lugares o Jatir e o Paulista.
Chegando ao Rio, fomos diretos para a sede do América. Ali foi oferecido um coquetel para a imprensa carioca, objetivando a apresentação da seleção brasileira. Depois das entrevistas de praxe, fomos para o Hotel das Paineiras (Corcovado), local permanente da seleção brasileira durante toda a competição. Lugar ideal para nossa concentração.
Naquele espaço de tempo entre os treinamentos (Maracanãzinho) e o inicio dos jogos, realizamos uma apresentação na cidade de Petrópolis. Foi uma apresentação informal entre as equipes A e B, definidas pelo técnico Kanela, sem preocupação de contagem.
Após o pernoite no famoso Hotel Quitandinha, naquela manhã voltamos para as Paineiras. Dois dias depois deu-se inicio o 4º Campeonato Mundial.
Não pretendo aqui estar escrevendo sobre números, adversários, resultados, etc. Isso são detalhes jornalísticos já expostos na mídia, quando o meu objetivo aqui é apenas contar fatos pessoais acontecidos antes daquela grande conquista no dia 25/05/63.
Apenas participo contando particularidades vividas por mim, coisas nunca escritas ou ditas. São lembranças jamais esquecidas, passagens que mostram o objetivo principal desses relatos: Contar como e porque conseguimos trazer para o país um bi campeonato mundial de basquete. É um relato sintetizado, mas absolutamente real.
Não posso deixar de agradecer a grande receptividade e apoio que o povo carioca teve com aquela seleção brasileira. Aquele gigantesco ginásio lotado em todas as noites, diz muito bem sobre o ambiente vivido naqueles dias de glória para o basquete brasileiro.
Sempre que chegávamos ou saiamos daquele ginásio, tendo à nossa frente batedores motorizados da policia militar, havia sempre uma multidão nos aguardando à fim de nos saudar. Confesso nunca ter vivido algo parecido em toda a minha vida.
Digo sempre, que a minha maior emoção no basquete foi vivida naquele dia 25/05/63, quando derrotamos a equipe norte americana do Pan por 85 x 81 (39 x 39).
O favoritismo era dividido entre o Brasil, EUA e a União Soviética. Dessa vez não deixamos escapar a vitória. Sem duvidas nenhuma, foi a maior conquista do basquete masculino do Brasil em todos os tempos. Eu era o capitão da seleção e a emoção sentida ao levantar aquele troféu é inimaginável, não sou mais capaz de conta-la.
Relatos cedidos pelo ex-jogador Bi-Campeão Mundial e comentarista da ESPN Wlamir Marques
Credito Edson O Mago
Fonte: Jornal Desportivo

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